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Inclusão e impacto para pessoas com deficiência em grandes eventos

Com um aumento de 150% na demanda, consultoras como Ciça Cordeiro, da Talento Incluir, mostram que a acessibilidade em eventos é uma ação afirmativa essencial para a inclusão e sucesso


Ciça Cordeiro, da Talento Incluir

Foto: Uinstock


 A inclusão de pessoas com deficiência em grandes eventos ganhou destaque nos últimos anos, refletindo o compromisso de empresas e organizadores com as pautas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DE&I).


O aumento da demanda por consultorias especializadas em acessibilidade mostra que, longe de ser um mero detalhe, a inclusão é uma necessidade fundamental no planejamento de qualquer evento de grande porte.


Ciça Cordeiro, consultora de acessibilidade na Talento Incluir, destaca que negligenciar o acesso de pessoas com deficiência pode ser desastroso para a imagem de qualquer marca ou artista. “Hoje, o público não hesita em manifestar sua insatisfação nas redes sociais e na imprensa”, comenta ela. “Os eventos precisam garantir a participação digna de todos, sem exceções.”


Segundo dados do IBGE (PNAD 2022), o Brasil tem 17,3 milhões de pessoas com deficiência, representando 8,4% da população. “Por que ainda existe resistência em conviver naturalmente com quase 10% da população?”, questiona Cordeiro. Ela afirma que a acessibilidade beneficia não apenas as pessoas com deficiência, mas também idosos, pais com carrinhos de bebê e pessoas com mobilidade reduzida. “Um ambiente acessível reforça o compromisso com a inclusão e a equidade.”


Na Talento Incluir, a consultoria especializada registrou um aumento de 150% na demanda por serviços de acessibilidade para eventos. “Do cardápio ao site do evento, tudo deve ser acessível”, explica Cordeiro. “A acessibilidade deve ser pensada desde o início da organização, e não como uma medida corretiva de última hora.”


A importância de ouvir a pessoa com deficiência


Cordeiro enfatiza que o planejamento acessível precisa ser realizado em conjunto com pessoas com deficiência. “Elas são as maiores especialistas em suas próprias necessidades. Consultar antes de investir em adaptações é fundamental para evitar soluções que, mesmo com boas intenções, são mal executadas.”


Ela relata exemplos de falhas em eventos, como rampas inadequadas para cadeirantes ou lixeiras que só abrem com o pé em banheiros acessíveis. “Esses detalhes parecem pequenos, mas comprometem toda a acessibilidade.”


Acessibilidade: mais do que arquitetura


Para garantir uma experiência realmente inclusiva, é necessário abordar quatro dimensões da acessibilidade: arquitetônica, digital, comunicacional e atitudinal. “Não basta ter rampas e banheiros acessíveis. É preciso intérpretes de Libras, audiodescrição, legendas, e treinar as equipes para atender a todos com respeito e preparo”, explica Cordeiro.


Ela também menciona casos em que a acessibilidade falhou, como uma exposição de arte com legendas em Braille posicionadas de maneira inadequada. “O resultado foi que as pessoas com deficiência visual precisavam se ajoelhar para ler as descrições das obras. Esse tipo de erro precisa ser evitado.”


Impacto positivo para marcas e sociedade


Investir em acessibilidade, além de ser uma exigência legal, gera um impacto positivo na percepção pública. “Quando as marcas criam eventos verdadeiramente inclusivos, elas demonstram um compromisso real com a diversidade e ganham a confiança do público”, afirma a consultora. “Isso também se reflete nos resultados de negócios.”


Por fim, Cordeiro destaca o lema da Convenção da ONU pelos Direitos das Pessoas com Deficiência: “Nada sobre nós, sem nós”. “É preciso incluir as pessoas com deficiência nas decisões que impactam diretamente suas vidas. Somente assim, a inclusão será plena e verdadeira.”


O aumento da demanda por consultoria em acessibilidade mostra que a sociedade está se movendo na direção certa, mas ainda há muito a ser feito para que todos possam participar de eventos de maneira digna e igualitária. “Incluir é respeitar, e isso não pode ser ignorado”, conclui Cordeiro.


Sobre a Talento Incluir


A Talento Incluir — primeira empresa do Grupo Talento — já inseriu no mercado de trabalho mais de 9 mil pessoas com deficiência. Pioneira em consultoria, letramento, empregabilidade e capacitação, a empresa atua para a inclusão acontecer de maneira produtiva e com impacto positivo na vida das pessoas e na sociedade. Fundada em 2008 por Carolina Ignarra e Juliana Ramalho, a Talento Incluir oferece programas de inclusão que já beneficiaram mais de 400 empresas em todo o Brasil, como Mercado Livre, Gol, Grupo Boticário, entre outros.


Para mais informações, acesse: Talento Incluir

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