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Orquestra Voadora: um Carnaval de resistência, sustentabilidade e esperança

  • Foto do escritor: Vivendo de Shows
    Vivendo de Shows
  • 5 de mar.
  • 2 min de leitura

Por Letícia Pinheiro, por Vivendo de Shows


Foto por: Letícia Pinheiro
Foto por: Letícia Pinheiro

O sol forte da terça-feira de Carnaval iluminava o Aterro do Flamengo, onde uma multidão se reunia para acompanhar um dos blocos mais especiais do Rio: a Orquestra Voadora. Eu já tinha visto o desfile antes, mas nunca tão de perto. Estar ali, no meio daquele mar de gente diversa – todas as idades, todos os gêneros, todos os ritmos – vivendo algo tão mágico e carregado de significado, foi uma experiência única. Mais do que uma festa, era um ato de resistência.


Com o tema “Ideias para adiar o fim do mundo - O Carnaval como ferramenta criativa e de inovação para reimaginar um futuro possível”, a Orquestra Voadora trouxe para a avenida não apenas sua energia contagiante, mas também uma reflexão urgente sobre o futuro do planeta. Inspirado no pensamento do líder indígena Ailton Krenak, o bloco nos lembrou que o Carnaval pode ser mais do que celebração – pode ser um manifesto, um espaço de diálogo, um convite à mudança.


Foto por: Letícia Pinheiro
Foto por: Letícia Pinheiro

O protagonismo dos povos originários


O momento mais emocionante foi a abertura do desfile pelo Coral de Mulheres do Povo Guajajara. Suas vozes ecoaram pela avenida, trazendo um chamado ancestral que nos fez sentir a força e a importância dos povos originários na construção de um mundo mais justo. Em um país que historicamente marginaliza essas comunidades, vê-las ocupando um espaço tão simbólico no Carnaval do Rio foi potente. Era arte, era espiritualidade, era resistência.



A valorização dos povos indígenas vai além da homenagem: é um compromisso. A Orquestra Voadora reafirma a importância dessas minorias, destacando que sem eles não há futuro. Suas culturas carregam saberes essenciais para a preservação da natureza, e ignorar isso é acelerar a destruição do planeta.


Construindo futuros possíveis


Se há algo que o Carnaval nos ensina é que o futuro não está pronto – ele é criado todos os dias, por quem ousa sonhar e transformar. A Orquestra Voadora nos convida a repensar nossas ações, a enxergar o mundo com outros olhos, a buscar alternativas para adiarmos o fim do mundo. Desde a gestão de resíduos até a acessibilidade, o bloco mostra que pequenas mudanças fazem a diferença.


No calor daquele dia, no meio da multidão, ficou claro que o Carnaval pode ser uma ponte para um futuro melhor. Um futuro onde inclusão, respeito e sustentabilidade andam de mãos dadas. Onde a festa e a luta não se separam. Onde celebrar também é resistir.


Assista a cobertura nos destaques:


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